terça-feira, 24 de julho de 2007



Enquanto colocava as compras na mala do carro, Ela recapitulava tudo que faltava para a festa. Era tanta coisa e Ela estava tão absorta em seus pensamentos, nem percebeu que alguém se aproximava.
- Ei, moça!
- Olha, eu não tenho nenhum trocado... Então... Você?!
- Eu. Em carne e osso. – Ele abre um sorriso.
- Não! Você está morto!
- Morto?! Não... Como...?
- Eu matei você. Desde aquele dia você está morto pra mim. – dá as costas e coloca uma sacola de verduras dentro do carro.
- Então, parece que eu ressuscitei.
- Não. Você parece mais uma assombração.
- E você está com medo?
Ela se vira.
- Você não...
- Uma assombração não reage assim - Ele pega a mão dela e coloca em seu peito – quando te vê.
Silêncio. Olhares. Ela puxa a mão para si.
- Vou fechar meus olhos. Quando eu abrir é melhor você não estar mais aqui.
Ela fechou os olhos.
Ele riu. E a beijou.
Ela nem tentou resistir. Beijou também.
Ele se afastou.
Ela abriu os olhos.

Realmente, Ele não estava mais lá.