quinta-feira, 26 de julho de 2007

- Até que enfim te achei. – disse a Garota pegando fôlego.
- Hein? – disse a Menina.
- Vem comigo. Eu não agüento mais essa situação.
A Garota pega a mão da Menina com força e seguem juntas por entre a multidão.
- Para onde estamos indo? – disse a Menina confusa com toda aquela situação.
As duas param de andar. Ele surge. A Menina sente seu coração disparar. Ela olha pra Garota.
- Agora, diz pra ela tudo que você me disse.
- Menina, eu não sei onde estava com a cabeça. Na verdade, acho que perdi a cabeça e a razão quando me afastei de você. Ironicamente você levou minha felicidade junto. Estou com Aquela, mas na verdade queria estar contigo. Eu te amo, mas não sei se é recíproco. Não sei se um dia você poderá me perdoar – Ele segura a mão da Menina – mas se um dia o fizer, serei o homem mais feliz do mundo.
A Menina estava completamente muda. Os olhos cheios de lágrimas.
- E então? – interrompeu a Garota.
Silêncio.
Provavelmente, naquele instante, a única coisa que importava para Ele era o brilho no olhar daquela Menina.
Ele nunca havia notado o quanto aqueles olhos castanhos tinham uma história de amor linda para contar.
E, talvez, a lembrança mais linda da memória dela seria, para sempre, aquele sorriso que era só dele.
Sorriso sedutor e faceiro.
Enfeitava tão bem aquela boca.
Dispensava palavras, já dizia tudo.
Ele queria ser feliz. E só seria possível ao lado da Menina.
Ele sabia que estava pronto para isso. Para se entregar ao amor.
A Menina tinha certeza que poderia dar a Ele o mundo.
Ela seria incapaz de não perdoá-lo. Mas estava tão magoada.
Como ela poderia confiar nele novamente sem medo de se machucar?
Será que ele estava sendo verdadeiro?
E Aquela iria deixá-los em paz?
Tantas dúvidas. A Menina sabia que seria agora ou nunca.
A decisão estava nas suas mãos. E suas mãos suavam.
Ele se aproximou lentamente.
As bocas estavam tão próximas.
O resto do mundo estava tão distante.
Um beijo.
Não. O beijo.
O primeiro de muitos outros.
O ponto final perfeito para os poucos segundos que duraram uma eternidade.
Aliás, aquele era o primeiro passo para uma nova história.
Ele e a Menina teriam toda a eternidade para escrevê-la, porque amor como aquele não morre.
A cada crise renasce mais forte. Mais amor. Mais paixão.
- Só isso? – disse a Garota desapontada
Os dois nem lembravam mais que ela estava lá.
Ele sorriu e olhou para a Menina.
- Não. Isso é só o começo
.